Na Grécia Antiga, um dos procedimentos médicos era cheirar a respiração do paciente, identificando se ele tinha alguma doença. Cães também já foram treinados para identificar no bafo se há presença de doença. O problema é que isso não diz qual é a doença presente.
Pensando nisso, cientistas do Technion desenvolveram o Na-Nose, um aparelho impresso em 3D com o custo de $29, capaz de identificar até 17 doenças na respiração. Hossam Haick explica que assim como nós humanos temos uma impressão digital que nos distingue, as doenças têm partículas que as distinguem, e essas partículas minúsculas podem ser identificadas na respiração. Eles desenvolverem um aparelho de baixo custo, acessível a maioria das pessoas, que possui nano partículas de ouro que reagem de certa forma a cada produto químico que exalamos na respiração, indicando qual doença temos.
O Na-Nose já foi testado em hospitais do mundo todo, em mais de 8mil pacientes e tem uma precisão de 86%. Isso é bastante elevado, dada a simplicidade do processo. O aparelho até agora é capaz de detectar 17 doenças diferentes, incluindo insuficiência renal crônica, duas formas de Parkinson, esclerose múltipla, doença de Crohn, síndrome do intestino irritável, pressão arterial elevada e pré-eclâmpsia. Além de alguns tipos de cânceres, como de pulmão, pescoço, intestino, bexiga, rim, próstata e ovário.
A meta dos desenvolvedores é que pessoas saudáveis tenham acesso a isso para que a taxa de diagnósticos precoces seja mais alta, aumentando a chance de cura sem sequelas. Em um câncer como o de pulmão, por exemplo, a chance de cura aumenta de 10% para 90% se o diagnóstico for feiro precocemente.
E não para por aí, eles já estão conduzindo estudos para que essa tecnologia esteja dentro de nossos smartphones detectando uma doença durante uma simples ligação. Assim, muitas pessoas ainda saudáveis poderão se cuidar de forma segura, menos invasiva e com muito mais chances de cura.
